A Autopercepção de Competência de Treinadores Paranaenses de Tênis
Por Caio Correa Cortela (Autor), Michel Milistetd (Autor), Larissa Rafaela Galatti (Autor), Carlos Adelar Abaide Balbinotti (Autor).
Em I Congresso Internacional de Pedagogia do Esporte FCA-UNICAMP/SESC - CONIPE
Resumo
Introdução: A mudança no foco dos programas de formação de treinadores, de uma abordagem baseada em conteúdos, para uma abordagem baseada em competências, vêm sendo alvo constante de discussão na literatura. Conhecer o rol de competências comuns a um determinado grupo ou contexto de atuação profissional, pode contribuir para que os programas formais, realizados em larga escala, possam melhor atender as necessidades dos treinadores, aproximando-se da realidade vivenciada no contexto profissional. Objetivo: O objetivo deste estudo foi o de descrever a autopercepção de competência dos treinadores, e a importância atribuída às mesmas. Metodologia: Participaram, de forma consentida, do estudo 73 treinadores de tênis (32,9±9,6 anos de idade) que atuam com a modalidade no estado do Paraná. A amostra foi composta majoritariamente por treinadores do sexo masculino (93,2%), com mais de cinco anos de atuação profissional (57,5%), com formação em nível superior (22% em Educação Física e 34% em outras áreas), e classificados como primeira ou segunda classe (57%) na Federação Paranaense. Os instrumentos utilizados foram um questionário sociodemográfico e a Escala de Auto Percepção de Competência (EAPC) de treinadores esportivos, validada para a realidade brasileira por Egerland (2009). Resultados: Os resultados apontam que as competências profissionais mais valorizadas pelos treinadores foram às relacionadas à Comunicação/Integração (3,67±0,89), e ao Planejamento/Gestão Esportiva (3,51±0,93). Os valores atribuídos à importância das competências apresentaram-se superiores aos observados na autopercepção, com destaque às competências de Avaliação (4,22±0,85), Comunicação/Integração (4,20±0,82), e Planejamento/Gestão Esportiva (4,19±0,85). Conclusão: Os resultados descritos vão ao encontro dos apresentados por Egerland et al. (2013), com treinadores de diferentes modalidades. O desenvolvimento das competências relacionadas à Reflexão, que recebeu os valores menos expressivos de autopercepção e importância atribuída, deve ser tratado com atenção, tendo vista o papel determinante desempenhado por essa competência no desenvolvimento de treinadores Supercompetentes e Inovadores (TRUDEL; GILBERT; RODRIGUE, no prelo).