Resumo

As principais correções no processo de movimentação técnica na dança partem, predominantemente, de uma figura externa conhecida como coreógrafo ou ensaiador. Propõe-se, com este estudo, o uso da autoscopia como método de autoanálise e auto-feedback em que o próprio bailarino realiza ao assistir a sua performance. Tal estudo constituiu-se a partir de filmagens de uma coreografia de pas de deux (dueto no balé clássico), com duas bailarinas diferentes e um mesmo bailarino, sendo que este possuia microcâmeras fixadas em seu corpo. Após o término da dança, cada bailarina foi convidada a verbalizar, individualmente, uma autoanálise. Posteriormente a esse momento, as bailarinas assistiram sua performance à partir das imagens capturadas pelas microcâmeras, análogas à visão do bailarino, sendo solicitado a cada bailarina que fizesse, novamente, uma autoanálise de sua performance. Foram comparadas as autoanálises realizadas sem e com o recurso da autoscopia. O objetivo foi interpretar se a autoscopia apresenta-se como um suporte eficiente no aprimoramento do processo de movimentação técnica na dança. Desse modo, após a intervenção realizada, observou-se que a utlização do método contribui para uma ampliação da percepção do movimento das bailarinas, devido ao recurso da videogravação que possibilita o desenvolvimento das capacidades de autoanálise e auto-feedback.

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