Resumo

Com este trabalho, intencionamos compreender se as relações de manutenção e eliminação, sendo estas intrínsecas às práticas avaliativas na escola capitalista1 ,se manifestam nas aulas de Educação Física (EF) na Escola Nova Sociedade. Olhamos para esta escola por ela estar fundamentada nos princípios filosóficos e pedagógicos da educação construída pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Construímos este trabalho entendendo que a escola do MST se contrapõe à escola capitalista, porém, não está livre de contradições.  Portanto, trata-se de um estudo das relações entre trabalho e educação, elencando como pano de fundo o longo processo de desenvolvimento das forças produtivas tendo, no cenário atual, uma marcada e profunda crise do capital.  A necessidade de construção deste trabalho vem no sentido de que, frente nosso acúmulo a respeito das discussões na área, as práticas avaliativas possuírem um caráter “místico”2  para o conjunto dos professores. O campo da avaliação configura-se em um dos maiores entraves entre os professores, não somente da EF, tornando-se uma prática na qual o “vale tudo” impera, em muitas situações, visto existir uma falta de conhecimentos teóricos que deem sustentação para que os professores possam entender, de fato, as relações que se estabelecem a partir da avaliação. Este estudo justifica-se pela necessidade de se compreender as relações que se estabelecem entre o processo avaliativo, a escola (do campo) e o modo de produção capitalista. Discutir a respeito desta temática na EF é realizar um estudo sobre diversos pontos pertinentes da área, a fim de levantar novos questionamentos, contribuir com o debate no sentido de proporcionar um avanço teórico-prática para a EF, assim como, para o campo de estudo da avaliação e, especificamente, para o trabalho pedagógico do MST.

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