A Beleza Feminina Como Poder: Desvendando Outros Sentidos Para a Construção Estética de Si
Por Fábio Luís Santos Teixeira (Autor), Clara Maria Silvestre Monteiro de Freitas (Autor), Iraquitan de Oliveira Caminha (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciências do Esporte v. 36, n 2, 2014. Da página 485 a 500
Resumo
Procuramos desvelar os sentidos bioascéticos na construção da beleza corporal feminina e as compreensões de poder inerentes a eles. A pesquisa foi realizada em seis academias de ginástica da cidade do Recife com 30 mulheres praticantes de exercício físico. As entrevistas foram realizadas individualmente através de um roteiro composto por imagens. A técnica de análise de discurso seguiu a linha arqueológica foucaultiana. Identificamos três principais sentidos bioascéticos: beleza como segurança ontológica, como distinção social e como forma de anabolizar a vida. Para as entrevistadas a produção da beleza representa dominação nas relações sociais e construção de sentido de vida autônoma. Conclui-se que “anabolizar a vida” representa uma configuração existencial peculiar da cultura somática.