A bicicleta como estratégia de manutenção da saúde e meio de transporte no período da pandemia covid-19
Por Larissa Gabriela Silva (Autor), Andrêza Soares Dos Santos (Autor), Rauno Álvaro De Paula Simola (Autor), Wendell Costa Bila (Autor), José Vitor Vieira Salgado (Autor), Ana Laura Reis Campos (Autor).
Em 46º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
A pandemia de Covid-19, provocou repercussões não apenas de ordem biomédica e epidemiológica em escala global, mas também impactos sociais, econômicos, políticos, culturais e históricos sem precedentes na história recente. Inúmeras estratégias e restrições foram adotadas para o enfrentamento da disseminação do coronavírus no país, tais como, a redução da demanda de transporte de passageiros, que teve um impacto generalizado na vida das pessoas. Dentre as medidas alternativas foi sugerido o transporte ativo considerado uma estratégia de combate à disseminação do vírus. Assim, a utilização da bicicleta apresentou grande destaque como meio de transporte e prática esportiva. OBJETIVOS: Identificar a prevalência dos indivíduos que iniciaram a prática do ciclismo como meio de transporte ou como prática esportiva durante o período de isolamento social em virtude do COVID-19. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa descritiva, com caráter quantitativo, utilizando o método survey, aplicada online através de formulário Google forms. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisas (Parecer: 5.067.445). A amostra composta por 168 voluntários, sendo 66,7% dos indivíduos do sexo masculino e 33,3% do sexo feminino com idade de 43,2 (11,8) e 38,9(9,9) anos respetivamente. RESULTADOS: 69,1% dos indivíduos praticavam ciclismo de alguma forma antes da pandemia COVID-19 e 39,9% dos indivíduos reportaram iniciar a prática do ciclismo durante a pandemia. Dos ciclistas entrevistados, 35,1% utilizavam bicicleta como meio de transporte antes da pandemia e durante o período da pandemia 45,5% passaram a utilizar a bicicleta como meio de transporte. A frequência semanal de utilização da bicicleta reportada, seja para transporte ou prática esportiva foi de 20,8% uma vez; 22% duas vezes; 27,4% três vezes; 14,3% 4 vezes; 8,9% 5 vezes; 4,8% 6 vezes e 1,8% 7 vezes por semana. A quilometragem semanal percorrida foi de até 30 km para 26,2% da amostra, entre 30 e 50 km semanais de 23,2%, de 50 a 75 km foi 18,45%, de 75 a 100 km foi 14,3% e mais de 100 km por semana 17,9%. 63,7% participam de algum grupo de ciclistas e 36,3% não participa, 79,1% utilizam algum aplicativo de telefonia móvel (APPs) para acompanhar as atividades, o APP mais utilizado foi o Strava correspondendo a 88,0 % e o tipo de bicicleta predominante foi Mountain Bike correspondendo a 86,9%. CONCLUSÃO: Grande parte dos entrevistados utilizavam a bicicleta antes da pandemia, mas ocorreu um aumento significativo nos últimos anos, a utilização como meio de transporte aumentou 10%, entretanto, fatores como segurança pública, vias urbanas adequadas, ausência de ciclovias e adequações dos locais de trabalho são fatores determinantes para uma maior utilização da bicicleta como meio de transporte. Contudo, o uso da bicicleta tornou-se fundamental no período pandêmico, tanto para transporte, quanto para lazer e atividade física esportiva, para a manutenção da saúde física e mental.