Resumo

Além da gestão da informação, a Biblioteconomia também preza pelo suporte e bom atendimento a um pesquisador ou consulente de bibliotecas, arquivos, centros culturais e museus. Também tem como característica formar, especialmente nessas instituições, equipes com profissionais de várias áreas do conhecimento para colaborar em conjunto na gestão do acervo. Com base nessa multiplicidade da profissão, esta pesquisa procurou unir esporte, questão de gênero, representatividade e responder: como é feita a gestão participativa e inclusão de mulheres em uma instituição de memória? Para fazer essa junção de temas e análises, foi escolhida a equipe que ajudou a formar e atualmente compõe o CRFB - Centro de Referência do Futebol Brasileiro, do Museu do Futebol, em São Paulo. Para explicar melhor a opção de relatar a presença feminina na gestão de acervos de esporte, é importante relatar como o interesse pelo tema surgiu. Em 28 de agosto de 2021 tive contato com o livro ""Museu do Futebol, um museu-experiência"", de 2014. E foi muito curioso notar, na ficha técnica do Museu até então, a maioria que compunha a equipe era de mulheres, inclusive na liderança de várias áreas técnicas. Ao fazer a pesquisa em 2022 para compor a monografia, oito anos depois da publicação do livro sobre a construção do Museu, essa realidade não se alterou. Ao longo da história do Museu do Futebol e atualmente, curiosamente para um esporte ainda majoritariamente praticado e tendo como torcedores um público masculino, a gestão de vários setores da instituição é, na maioria das áreas, comandada por mulheres. Naquela ocasião da consulta, a equipe feminina do Museu do Futebol era composta por 22 mulheres em cargos de liderança e suporte, além das equipes de educadores e coordenadores de público. Mulheres só não lideravam e integravam os Núcleos de Infraestrutura e Operação e Tecnologia. E essa curiosidade tão pouco comentada foi o que me impulsionou a fazer a pesquisa sobre a liderança delas nas instituições de memória.

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