Resumo
Este estudo se propõe a elucidar o processo por meio do qual a ditadura militar brasileira, em seus anos mais truculentos também chamados de os anos de chumbo se aproximou do futebol nacional como forma de se promover politicamente e fazer do esporte um de seus pilares de sustentação popular. Mais do que demonstrar que o futebol foi utilizado para fins políticos, o intuito aqui é esclarecer os mecanismos institucionais utilizados pelo governo militar para se aproximar dos atores responsáveis pela gestão esportiva no âmbito nacional e fazer com que seu projeto esportivo fosse executado de forma a gerar os frutos desejados. Buscou-se entender também até que ponto a postura do governo militar brasileiro em relação ao futebol interferiu na gestão do esporte a nível mundial. Para isso, foram investigadas as trajetórias particulares de personagens e instituições que marcaram a história política e/ou esportiva do Brasil, como a de Emílio Garrastazu Médici, Arthur da Costa e Silva, João Havelange, CBD e FIFA.