Resumo


O estudo objetiva analisar a organização da brinquedoteca como um ambiente inclusivo, propiciador de vivências lúdicas para as crianças com autismo e favorecedor de sua brincadeira. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de abordagem descritiva e exploratória, orientada para a análise de situações lúdicas que favoreçam a ampliação da experiência de brincar da criança com autismo na brinquedoteca, enfocando sua organização como um ambiente inclusivo. Envolve a participação de dezessete crianças, de ambos os sexos, com idades entre três e seis anos, seis com autismo e uma com síndrome de Down, oriundas de diferentes centros de educação infantil, dez crianças sem deficiência, pertencentes a uma única turma de Centro de Educação Infantil (CEI), e ainda estagiários do Curso de Educação Física. As intervenções ocorreram em uma brinquedoteca universitária, uma vez por semana, com duração de uma hora, no ano de 2016. Essas intervenções eram compostas de dois momentos: um com atividades dirigidas e outro com atividades livres, nas quais as crianças poderiam explorar por interesse, os diferentes espaços que compunham a brinquedoteca. Esses dois momentos eram conduzidos pelos estagiários, sob a orientação dos professores coordenadores do projeto de pesquisa. Como instrumentos de coleta de dados, foram utilizados a observação participante, filmagem das aulas e registros em diário de campo das aulas e das discussões realizadas com os estagiários e seus relatórios sobre as intervenções. Os resultados apontam que a (re)organização dos espaços e dos tempos da brinquedoteca, o planejamento, a avaliação das intervenções e a preparação dos estagiários foram ações importantes na busca de caminhos alternativos nos percursos de desenvolvimento das crianças com autismo e das práticas inclusivas.
 

Acessar