A Carga de Banhistas em Piscinas de Uso Público
Por Vitorino de Matos Beleza (Autor), José Pedro Sarmento de Rebocho Lopes (Autor).
Em Revista Intercontinental de Gestão Desportiva v. 3, n 1, 2013. Da página 91 a 102
Resumo
Há mais de 100 anos que o banhista é acusado de ser o principal responsável pela contaminação da água da piscina. De facto, é-o! Os efeitos dessa contaminação dependem do tipo de piscina, da natureza do banhista, do volume de água contida no sistema, da taxa de renovação de água, e da instalação de recirculação e tratamento da sua água. Não admira, portanto, que a limitação do nível de contaminação implique a limitação no número de banhistas. Se houvesse uma tabela de graduação da qualidade da água da piscina, alcançar-se-ia o seu valor máximo quando a utilização fosse nula. A qualidade da água não é o único fator limitante da carga de banhistas: a segurança e o espaço disponível para o tipo de atividade do banhista são restrições muito mais importantes porque é sempre possível aplicar um processo de tratamento que aceite elevados níveis de contaminação. O problema dos custos de investimento e operação podem ser fortes limitações, embora nos tenhamos habituado a verificar que alguns benefícios alcançados numa piscina, como o são o bem-estar, em sentido lato, do indivíduo não sejam considerados contabilisticamente.