Resumo

Este artigo apresenta reflexões sobre as relações entre a mídia impressa e o futebol. Inicialmente, faz-se uma análise sobre o futebol como parte do gosto popular e da identidade nacional e sobre como ele começou a ser pautado pela mídia, ainda por volta de 1920. Em seguida, há uma apresentação sobre como as notícias sobre futebol foram sofrendo transformações ao longo das décadas seguintes. São relatadas ações que foram importantes para a transformação desse esporte em fato jornalístico. Os autores procuram mostrar que os principais jornais da Região Metropolitana de Campinas, “Correio Popular” e “Diário do Povo”, não fazem uso de alguns critérios jornalísticos abordados por Erbolato, como relevância, importância, utilidade e raridade. Além disso, as linhas editoriais dos veículos passam a ser questionadas a partir de contradições existentes quanto ao critério jornalístico de proximidade.  A conclusão baseia-se em reflexões sobre a imprensa contemporânea Campineira e a Agenda Setting, hipótese segundo a qual a mídia, pela seleção, disposição e incidência de suas notícias, determina os temas sobre os quais o público falará e discutirá. Através do Agenda Setting é possível questionar se os jornais estão certos ao dizer que publicam futebol porque é o que seu público quer ler.

Acessar Arquivo