A cobertura dos jogos paralímpicos Rio 2016 pelo Comitê Paralímpico Brasileiro: investigando questões de gênero
Por Ianamary Monteiro Marcondes (Autor), Tatiane Hilgemberg (Autor), Doralice Lange de Souza (Autor).
Resumo
O objetivo geral deste artigo foi analisar a cobertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 realizada pela assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), verificando possíveis convergências e divergências na distribuição numérica das publicações e nas formas de representação de atletas homens e mulheres. Os objetivos específicos foram: identificar os critérios de noticiabilidade das publicações; analisar as narrativas a respeito das/dos atletas; verificar a distribuição de publicações e imagens entre os gêneros. Coletamos as matérias publicadas no site do CPB de 01 a 24 de setembro de 2016 e realizamos uma análise quanti-qualitativa dos dados. O principal critério de noticiabilidade foi “resultados/vitórias” e este esteve mais associado aos homens do que às mulheres. As atletas tiveram menor visibilidade e destaque nos textos e nas imagens. A garantia de mais espaço de qualidade para as atletas na cobertura é essencial para a legitimação do paradesporto feminino.