A cocriação no fitness: uma revisão sistemática da literatura
Por Wellington Andrades da Silva (Autor), Marcelo Curth (Autor), Julia Vogel Bettiato (Autor).
Resumo
Nas últimas décadas, o setor de fitness e saúde se tornou um componente central da indústria global de lazer (Andreasson & Johansson, 2018). Em 2019, o setor gerou uma receita mundial de US$ 96,7 bilhões, com cerca de 210.000 instalações de saúde e fitness, atendendo a mais de 184 milhões de clientes. A indústria global de clubes de saúde encerrou a década com um desempenho recorde. O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial em número de academias de ginástica, com 29.525 (IHRSA, 2020). No entanto, ainda persiste uma taxa de desistência de 50% após o primeiro ano de ingresso em uma academia de ginástica (MacIntosh & Law, 2015). Além disso, a experiência de serviço do clube de fitness ocorre dentro de um contexto social coletivo, caracterizado inerentemente pela participação e interação do cliente (Afthinos et al., 2017; Chiu et al., 2019; Polyakova & Mirza, 2016). Diante desse contexto, estudos recentes sobre a Lógica Dominante de Serviço (LDS) têm explorado a importância da participação e do envolvimento do cliente em um nível mais profundo (Vargo & Akaka, 2009; Vargo & Lusch, 2004, 2008). A abordagem da LDS é uma escola de pensamento emergente no campo do marketing e da gestão, que está em constante evolução, refinamento e desenvolvimento.