Resumo

Estudos sobre as mais recentes Copas do Mundo aproximam prática esportiva e pesquisa acadêmica

Passadas as copas América e Europa, quem é fã de futebol provavelmente tem algo a dizer sobre por que as seleções da Argentina e da Espanha se saíram melhor do que as outras. Não falta opinião, mas há quem busque apoio científico. É o que faz, há alguns anos, o fisiologista do exercício Ronaldo Thomatieli Santos, do campus da Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele e o profissional de educação física Elias de França, pesquisador em estágio de pós-doutorado em seu laboratório, em parceria com o grupo do cientista do esporte Luís Branquinho, do Instituto Politécnico de Portalegre, em Portugal, têm analisado dados fornecidos pela Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa) sobre as seleções nas mais recentes copas do mundo masculina e feminina para avaliar quais estratégias são mais bem-sucedidas. Também estudam informações recolhidas em jogos e treinos do São Paulo Futebol Clube para entender o que é mais eficaz em termos de treinamento e estimar o risco de lesão de cada jogador, de forma a contribuir para o trabalho da comissão técnica.

“A Fifa tem um sistema de filmagem especial que registra os movimentos dos jogadores e da bola durante o jogo nas copas do mundo”, explica Santos. São estatísticas muito mais detalhadas do que os números que os canais esportivos de TV apresentam. Inclui, por exemplo, se os passes são longos ou curtos, longitudinais ou diagonais, quais setores são mais usados e a velocidade dos jogadores. “São centenas de variáveis.”

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