A Concepção de Qualidade de Vida de Docentes de Curso de Graduação em Educação Física no Município do Rio de Janeiro
Por Márcia Borges de Albergaria (Autor), Célio Cordeiro Filho (Autor).
Em VII Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
A discussão sobre o que seja qualidade de vida vem crescendo a cada dia. O maior conflito em nossa área é a relação entre este conceito e a atividade física, pois esta vem sempre relacionada a saúde. Como docentes em Universidades e percebendo que existe um distanciamento entre a prática e o discurso de nossos próprios colegas, propusemo-nos a fazer um levantamento da concepção que nós mesmos temos do que vem a ser "Qualidade de Vida". Como formadores de opinião, para os nossos próprios graduandos, esperávamos que no mínimo, dentre os diversos indicadores de qualidade de vida, os docentes optassem pela importância da prática regular de atividades físicas. Para este estudo utilizamos como instrumento, um questionário composto de perguntas abertas e de outras objetivas. Nossa amostra foi composta por 30 (trinta) professores universitários, 10 mulheres e 20 homens docentes de uma mesma Instituição particular. De posse dos instrumentos calculamos os resultados em termos percentuais divididos por sexo e por faixa etária. 53% eram mestres e doutores e os outros pósgraduados. O tempo de atividade docente era semelhante em ambos. As mulheres além de mais idade possuíam proporcionalmente mais titulação. Quanto ao objeto de estudo, apesar de no discurso as mulheres se preocuparem mais com "reconhecimento profissional", auto-estima e outros fatores foi o grupo que, proporcionalmente, mais atividade física praticava, menos álcool consumia, menos hábito de fumar etc. De forma inversa para a maioria dos homens, o conceito qualidade de vida se relacionava à família, estabilidade financeira e à saúde. O mais interessante foi que, quando separamos os grupos por idade, as respostas, principalmente das mulheres, mudavam totalmente. Nos parece que há uma exigência maior do sexo feminino no que tange a sua afirmação como profissional o que , de alguma forma interfere em sua auto-estima, até determinada idade. O estudo nos levou à conclusão que apesar de profissionais da área das atividades corporais nós mesmos não valorizamos sua prática como qualidade de vida.