Resumo

O presente artigo tencionou elaborar uma representação da construção da identidade torcedora na cidade de Belo Horizonte-MG, na segunda metade da década de 1920, momento em que o cenário futebolístico se altera a partir da perda do protagonismo do América-MG e da ascensão do Clube Atlético Mineiro e do Palestra Itália, o que reconfigura as disputas e consequentemente o desenho dos modos de torcer, instituindo um campo mais precisamente demarcado do pertencimento clubístico na cidade. Neste sentido, buscamos como fonte privilegiada de investigação os periódicos locais, que descreviam o cotidiano esportivo/futebolístico belorizontino, reverberando os acontecimentos elegidos como mais significativos. A partir da narrativa periódica foi possível estabelecer um panorama sobre os torcedores e seus comportamentos mais tipificados, atrelados à lógica do consumo e da identidade, ilustrados por episódios como concursos de torcedoras, aumento da violência (e por conseguinte da tentativa de controle sobre os modos de torcer) e a inauguração de novos e adequados espaços, os estádios de futebol.

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