Resumo

A Educação Física, enquanto componente curricular obrigatório da educação básica, tem enfrentado diversos desafios referentes à sua legitimação e à consolidação de seus objetivos, metodologias, conteúdos e formato de avaliação dos discentes. Essa problemática fica ainda mais evidente ao analisarmos a realidade da disciplina no ensino médio, posto que temos sujeitos dotados de necessidades e anseios diversificados daqueles verificados no ensino fundamental, bem como uma complexidade maior nas relações estabelecidas entre estes jovens.Nos parece pertinente, portanto, apresentar o conceito de juventude ou juventudes ao invés de apenas delimitar a fase adolescente como um período de transição etária da criança para a vida adulta. Segundo Bungenstab et al. (2017) a juventude constitui-se de uma representação e uma condição social, ou seja, refere-se a um modo de ser do jovem influenciado pelo meio social e pelas trocas que ocorrem nesse meio. Assim, o jovem constitui-se como sujeito social, subjetivo e plural. Diante deste contexto, convém pensarmos e repensarmos no tipo de educação escolar que está sendo ofertado aos jovens. Segundo Campos; Gruennvaldt e Coffani (2014) o papel do ensino médio, bem como da Educação Física, deve pautar-se no desenvolvimento do “protagonismo juvenil”, a fim de contribuir com a inserção do aluno de maneira crítica, emancipatória e reflexiva e reconhecendo que esse nível de ensino não pode ser pensado apenas a partir de um recorte geracional, cronológico e linear, mas a partir da concretude das diferentes realidades sociais, econômicas, culturais e étnicas dos discentes.

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