Resumo

O afastamento de alunos do Ensino Médio (EM) das aulas de Educação Física (EF) tem despertado interesse. Um dos motivos desse afastamento pode estar relacionado à falta de habilidade com as modalidades físico-esportivas desenvolvidas na EF, gerando algum desconforto e constrangimento. Sabe-se que as experiências vivenciadas pelos alunos na EF podem determinar o gosto por esse componente curricular. Este estudo quantitativo pretendeu investigar se existe diferença entre os alunos que gostam da EF e da proposta (des)seriada e a percepção de competência nesse ambiente. O instrumento foi respondido por 183 alunos do EM, sendo 88 alunos do 1º ano, 63 alunos do 2º ano e 32 do 3º ano. Os dados foram analisados por estatística descritiva e pelo teste t de comparação entre grupos. Os resultados revelaram que a maioria das pessoas que apontaram gostar de EF e da proposta (des)seriada se perceberam mais competentes nas aulas desse componente curricular, atingindo média de 16,56 (dp= 2,717) e de 16,29 (dp=3,071), respectivamente, sendo as diferenças estatisticamente significativas (EF - t= 5,892; p=,000; [des]seriação - t= 2,660; p=,009) em relação ao grupo que apontou não gostar. Logo, a percepção positiva em relação à competência nas aulas pode estar relacionada à variável gosto. Assim, torna-se fundamental que o professor escolha as atividades e o nível de exigência adequado para as aulas de EF e que avalie a autopercepção de competência dos alunos nesse ambiente, pois ao se sentirem bem sucedidos aumentarão as chances de permanecerem nas aulas.

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