Resumo

Para se manter no topo, competidores de elite convivem com o sofrimento físico

Em abril de 2002, du­ran­te uma eta­pa da Copa do Mun­do de Tri­a­tlo, no Ja­pão, Car­la Mo­re­no sen­tiu uma dor in­ten­sa. Ela ti­nha de na­dar 1,5 qui­lô­me­tro, pe­da­lar ou­tros 40 qui­lô­me­tros e, para fi­na­li­zar, cor­rer mais 10 qui­lô­me­tros. Ocor­re que, acos­tu­ma­da a ter­mi­nar as pro­vas com todo o cor­po la­te­jan­do, es­pe­ci­al­men­te as per­nas e os bra­ços, a tri­a­tle­ta pou­co li­gou para os si­nais que seu or­ga­nis­mo emi­tiu de que ha­via al­gu­ma coi­sa er­ra­da. “Fiz o de sem­pre: eu sim­ples­men­te de­le­tei a dor”, re­lem­bra Car­la, que che­gou em 5º lu­gar. Três se­ma­nas de­pois dis­pu­tou outra pro­va. Quan­do foi in­ves­ti­gar a ra­zão do des­con­for­to anor­mal, des­co­briu que ti­nha participado das duas pro­vas com uma fratura de estresse: fis­su­ras em três pon­tos da tí­bia, principal osso que liga o tornozelo ao jo­e­lho e que, numa cor­ri­da, sus­ten­ta a maior parte do peso do cor­po e absorve o im­pac­to con­tra o solo.

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