A Educação Física Como Meio de Inclusão Social e Acesso Ao Esporte Paralímpico em Jovens com Deficiência Visual
Por Maria Clara Costa da Silva (Autor), Ciro Winckler de Oliveira Filho (Autor).
Em Revista da Associação Brasileira de Atividade Motora Adaptada - SOBAMA v. 22, n 2, 2021.
Resumo
Este estudo teve como objetivo identificar e compreender o acesso à iniciação esportiva em modalidades paralímpicas e a influência vivenciada pelo meio social em adolescentes com deficiência visual. Dessa forma, foram avaliados 23 jovens abrangendo ambos os gêneros, proveniente de diferentes modalidades paralímpicas e com idade entre 13 e 18 anos. Cada voluntário participante preencheu o questionário fechado e as respostas foram avaliadas de acordo com o histórico individual e esportivo gerando um resultado médio do grupo. Foi observado a predominância entre cinco modalidades paralímpicas de experiências prévias dos atletas, como também, nas atuais modalidades praticadas. O processo de incentivo, acesso e inclusão social deu-se, em maioria, por meio do professor e das aulas de Educação Física. Conclui-se que a iniciação esportiva para crianças e adolescentes com deficiência visual em diferentes modalidades está caracterizada pela influência vivenciada pelos mesmos dentro do círculo social de cada um, composto principalmente pelo professor de Educação Física e pelos familiares. As aulas ofertadas durante o ensino fundamental e médio são essenciais para que o jovem tenha o primeiro contato, porém é indispensável que haja o desenvolvimento por meio de projetos e oportunidades esportivas em locais adequados garantindo o incentivo à participação em competições. Ainda que seja um acesso inicial e um pouco restrito em relação ao número de modalidades existentes, este processo tem tendência crescente já que o esporte paralímpico brasileiro conquista maior visibilidade nos últimos anos.