Resumo

Este trabalho parte do pressuposto que a crise pela qual passa nossa cultura produz e é resultado de uma crise que atinge também a educação e, em particular, a educação física. Inserir-se nesta discussão é, portanto, buscar construir saídas a partir de uma profunda investigação do caráter desta crise e das perspectivas de análise/superação da mesma. O cerne desta problemática reside, no meu entender, no caráter instrumental que a racionalidade moderna assumiu, característica que marca profundamente a educação física. A alternativa que visualizo está na superação desta forma de racionalidade, ou seja, na construção de uma racionalidade comunicativa. O que significa entender a modernidade como projeto inconcluso, tal como nos propõe Habermas, não ignorando porém a necessidade de uma “correção de rota”, tendo em vista os limites da racionalidade moderna. Esta opção implica repensar a intervenção da educação física, inserindo-a na multiplicidade de vozes que possam vir a compor uma racionalidade capaz de construir um projeto emancipatório. Com este esforço de mediação acredito contribuir para que essa área do saber enfrente sua crise, a qual, sem dúvida, inscreve-se no bojo da crise da modernidade. 

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