Resumo
Este trabalho objetiva um entendimento melhor do desenvolvimento das relações sócio – político - educacionais para com os alunos e alunas cegos, assim como mostrar os vários perfis atribuídos a esta categoria de alunos durante a história e sua exclusão das aulas de Educação Física no ensino regular. Procura contribuir para que a Educação Física escolar rompa com a posição excludente e elitista, propondo uma postura democrática, estimuladora de potenciais destes alunos. Sugere que os alunos passem a freqüentar, de forma efetiva, as aulas de Educação Física em escolas de ensino regular, reconhecendo, entretanto, a importância manutenção do seu oferecimento em instituições especializadas, e também , propiciar elementos básicos necessários, aos professores atuantes e em formação universitária, para que possam contribuir na formação educacional de alunos cegos. Através de uma visão histórica, e tendo como base o trabalho numa instituição específica para esta categoria de alunos – o Instituto Sul Matogrossense para Cegos "Florivaldo Vargas", em Campo Grande - MS, o autor procura, através da sua vivência profissional, mostrar que as potencialidades deles devem e podem ser trabalhadas em outros espaços. Com isto, as aulas de Educação Física tornar-se ão um instrumento na tentativa de superação dos rótulos depreciativos das suas possibilidades educacionais.