Editora FGV. Brasil 2021. None páginas.

Sobre

A Educação de Jovens e Adultos (EJA), modalidade da educação básica que expressa a luta de muitos movimentos sociais e de educadores em prol da escolarização de jovens e adultos como um direito, não tem se constituído em preocupação central nas políticas de diferentes governos - salvo para reduzir níveis de analfabetismo no país, muitas vezes com fins meramente ?eleitoreiros?. Recentemente, chegamos a ter alguns avanços com a criação de uma secretaria no interior do Ministério da Educação, na qual a EJA se incluía entre os temas prioritários. Pouquíssimo tempo depois, desde 2016 identificamos ações sistemáticas de ataque à Educação Pública e, no que diz respeito à EJA, a secretaria é extinta e a EJA é afastada da pauta pública direcionada à educação. Nesse cenário historicamente adverso, através da obra ?A educação física na educação de jovens e adultos no brasil: experiências da realidade brasileira?, afirmamos a defesa radical da EJA enquanto um direito público subjetivo à escolarização no Brasil, assim como o direito ao trabalho do(a) professor(a) de educação física que vem construindo possibilidades educativas, lúdicas e críticas para a atuação pedagógica com os sujeitos da EJA. O presente livro é expressão de um trabalho coletivo, com representantes de diversas regiões do Brasil, diferentes pensamentos teórico-metodológicos que trazem as resistências, os estudos e as pesquisas de sujeitos históricos que pautam a Educação Física na Educação de Jovens e Adultos. Ao publicar tornamos público, colocamos este livro em debate e nos somamos aos docentes de educação física que integram a EJA no Brasil; aos demais docentes que vivem - junto com jovens e adultos trabalhadores - a educação básica neste país; aos coordenadores pedagógicos e gestores que compreendem o papel formativo da educação física na EJA e que possibilitam a realização de ações educativas pautadas no direito, no acesso e na permanência à escolarização com qualidade e; aos docentes que estão nas universidades formando para a educação básica. As organizadoras