Resumo

Introdução. Este trabalho pretendeu analisar as aulas de educação física para deficientes nas classes especiais das escolas públicas de Presidente Prudente. Tendo em vista que essas escolas não possuem professor de educação física trabalhando em classes especiais para deficientes e, que essas aulas ficam sob responsabilidade dos professores destas classes. Definem-se por objetivos verificar se estes profissionais sentem-se preparados para atuar na área da educação física, se as aulas desta disciplina ocorrem com regularidade, se são encontradas dificuldades para conduzir estas aulas, se os alunos participam destas aulas e se as aulas de educação física são importantes para esta população. Metodologia. Elaborou-se um roteiro de entrevistas, num total de dez questões, com função documentária, utilizando-se de um gravador portátil para coletar as informações. Entrevistamos quatro professores das classes especiais e um da sala de recursos para o deficiente visual. Resultado. Constatou-se que as aulas de educação física são contempladas na grade curricular das escolas, porém comprovou-se , conforme relato dos professores, que estas aulas, quando ministradas, são de forma recreativa e sem seguir uma metodologia ou conteúdo específico da área da educação física, revelando-se, dificuldades em atuar numa área que profissionalmente não lhes diz respeito e para a qual não foram preparadas. Conclusão. Destaca-se que para os professores pesquisados, as aulas de educação física são relevantes, mas que devem ser ministradas por profissionais habilitados, pois assim os alunos terão maiores possibilidades de desenvolver sua independência, criatividade e as habilidades das atividades cotidianas, como locomoção, participação social, além de ampliar a sua auto-estima.