A Educação Física nas Políticas Públicas de Saúde no Brasil: Cenários Atuais
Por Ameliane da Conceição Reubens Leonidio (Autor), Maritza Lordsleem Silva (Autor), Talita Grazielle Pires de Carvalho (Autor), Priscilla Pinto Costa da Silva (Autor), Clara Maria Silvestre Monteiro de Freitas (Autor).
Em IV Congreso Latinoamericano de Estudios Socioculturales Del Deporte - ALESDE
Resumo
Este trabalho tem como objetivos apresentar e analisar o cenário atual da incorporação da Educação Física nas políticas públicas de saúde no Brasil, considerando a inserção nos serviços de atenção básica e nos da atenção secundária, distribuídos em todo o país, dialogando com os currículos apresentados pelas Instituições de Ensino Superior. Trata-se de uma pesquisa descritiva, bibliográfica, documental, realizada através dos documentos oficiais, como Portarias e Resoluções do Ministério da Saúde, dos documentos do Conselho Federal de Educação Física e nos currículos das Instituições de Ensino Superior. Percebe-se que desde a inclusão da Educação Física enquanto uma profissão da área da saúde, pelo Conselho Nacional de Saúde, a Educação Física vem sendo incorporada a Programas, como o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e a serviços, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), com o objetivo de promover, recuperar e manter a saúde física e/ou mental da população. Esse processo gerou a necessidade do lançamento do Programa Academia da Saúde pelo governo federal, através da Portaria n. 719. Assim, municípios podem incorporar aos seus planos de saúde, o financiamento para a construção de um pólo do Programa. No entanto, é importante ressaltar que pouca ênfase e poucos investimentos estão sendo empregados nos processos formativos dos profissionais de Educação Física para a atuação no campo específico da saúde pública e saúde coletiva, inclusive tratando-se de atuação em equipes multiprofissionais, que pode comprometer a prática e promover um cuidado pautado no modelo positivista, considerando apenas as técnicas e métodos para a recuperação de determinadas patologias ou as restrições de comportamentos prejudiciais à saúde. Neste sentido, apesar da consolidação da Educação Física nas Políticas Públicas de Saúde, pode-se gerar um distanciamento da atuação profissional dos próprios princípios que regem essas políticas.