Resumo

Procurou-se, neste estudo, elucidar o papel atribuido ao profissional da Educação Física em suas relações com o Estado e com o mercado de trabalho na primeira década do regime militar a partir do ideário da Educação Física para esse momento e, detectar perspectivas de redefinição desse campo de ação e de seus profissionais. Os motivos que levaram à implantação e obrigatoriedade da prática da Educação Física no sistema escolar acabou revelando-se como mais uma atividade discriminante e discriminada no conjunto das práticas educativas. Contrariamente a uma concepção individualista e biologista da Educação Física que se traduz em sistemas teóricos oficiais e institucionalizados entende-se que a Educação Física integra uma atividade de aprendizagem e de aquisição necessárias às práticas da vida real. A pesquisa permitiu descobrir a reconstituir a realidade pensada. A contradição, e não a identidade foi o fundamento principal desta análise. Esta apontou para uma certa positividade da Educação Física a qual deverá ser repensada pela negação social - que é real - e não pela identidade social - que é uma generalização, uma abstração do real. Dessa forma será possível alcançar uma definição mais adequada da sua prática no contexto social e um perfil mais filosófico e científico de seus professores e pesquisadores.

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