Resumo

Esta tese investiga a luta pelo monopólio do pensamento no campo da Educação Física, a partir do pressuposto de que o coletivo mais amplo não se apropria das ações que envolvem as contradições inerentes aos objetivos dos intelectuais hegemônicos e contrahegemônicos, e as conseqüências que possam emanar. Para aprofundar o entendimento sobre os paradigmas que sustentam esse embate recorreu-se à História, sob a perspectiva de que a constituição do conhecimento do campo, materializada cientifica e historicamente nas Ciências Biológicas no início do século XIX, foi se constituindo desde os pensadores do Humanismo, Renascimento e Iluminismo. Ainda na perspectiva teórica, duas categorias (de trabalho) foram alvo da investigação, a produção do conhecimento e a formação profissional, ancorada na literatura dialético/crítica. A pesquisa empírica analisou o conteúdo dos anais do Simpósio Internacional de Ciências do Esporte e do Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte, de 1987 a 2009, sendo os dados sistematizados por quadros e balanços. As considerações apontam a apreensão de um movimento no interior da Educação Física brasileira, em que as contradições só se manifestam de forma mais concreta a partir dos anos de 1980, com acirramento na segunda metade dos anos 2000, nos diversos espaços das relações sociais de trabalho (produção do conhecimento, formação profissional, intervenção pedagógica, especialmente), por influência incontestável das atuais diretrizes curriculares.  

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