Resumo

Uma dificuldade encontrada na preparação física de atiradores é o condicionamento muscular específico para esta modalidade, devido à contração isométrica realizada durante o tiro. Buscou-se, neste trabalho, verificar a eficácia de um treinamento isométrico, utilizando cargas individualizadas, para a melhoria do desempenho no tiro-ao-alvo, nas provas de armas curtas. Participaram do estudo 48 militares do Exército Brasileiro, não atletas, divididos em um Grupo Controle e um Grupo Experimental. Inicialmente, foi realizada uma prova de tiro (Pré-teste). Em seguida, após determinação da maior carga suportada, estaticamente, durante um tempo de 60 segundos, na posição de tiro de pé, o Grupo Experimental foi submetido ao programa de treinamento isométrico. O Grupo Controle não realizou nenhum treinamento muscular durante as seis semanas. Após esse período, todos realizaram uma segunda prova de tiro (Pós-teste). Foram avaliados os pontos e impactos médios. Na avaliação dos pontos, os resultados foram de 33,48 ± 14,84 (MÉDIA ± DP) e 37,65 ± 15,25 para o Grupo Controle, respectivamente, no Pré e Pós-teste. Da mesma forma, os resultados do Grupo Experimental foram de 43,80 ± 25,91 e 63,56 ± 23,04. Quanto aos impactos médios, os resultados foram de 6,64 ± 1,87 e 6,76 ± 1,32 para o Grupo Controle e de 5,25 ± 1,51 e 7,32 ± 0,81 para o Experimental. Foram encontradas diferenças significativas nos pontos, entre os Grupos Controle e Experimental (p < 0,02) no Pós-teste, e entre o Pré-teste e o Pós-teste do Grupo Experimental (p < 0,01). Foram igualmente encontradas diferenças significativas nos impactos médios, entre os Grupos Controle e Experimental no Pré-teste (p < 0,03), e entre o Pré-teste e o Pós-teste do Grupo Experimental (p < 0,01). Conclui-se que o treinamento isométrico proposto mostrou-se eficaz para a melhoria do desempenho no tiro-ao-alvo, nas provas de armas curtas, na população estudada. Palavras-chave: Preparação Neuromuscular, Treinamento Isométrico, Tiro-ao-Alvo.

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