Resumo

Este trabalho consiste em discutir a crise de legitimidade da Educação Física escolar a partir da categoria “corpo”. Questiona-se sobre o descrédito da disciplina na ambiência escolar, apesar da sua legalidade e inquestionáveis avanços teóricos. Destaca a relação intrínseca entre corpo e escola na consolidação do projeto capitalista. Avança nas reflexões, contextualizando o debate em torno do Movimento Renovador da Educação Física, especialmente sobre a pedagogia crítica de orientação marxista. Aponta limites nas suas acepções de corpo, no geral, instrumentalizado em prol da assimilação de conteúdo mental ou da consciência crítica. Não se trata, com isto, de negar as formas clássicas de educação escolar, mas de afirmar o lugar do corpo, e, para extensão, das práticas corporais e da Educação Física na escolarização de crianças, jovens e adultos, já que a própria estrutura (física e teórica) escolar foi historicamente projetada de modo a negar e imobilizar a corporalidade dos indivíduos.

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