Resumo

Embora a Ginástica Artística seja muitas vezes referida como uma modalidade associada a grandes volumes e intensidades de treino são escassos os dados recolhidos da literatura objectivamente mensurados, que fundamentem tais referências. Com este estudo procurámos caracterizar e avaliar as tendências da carga externa de um exercício de paralelas assimétricas de alto rendimento, com base na análise das rotações sobre o eixo transversal e longitudinal. Recorrendo às técnicas da metodologia observacional, elaborámos e validámos uma categoria de observação constituída por treze variáveis indicadoras da carga externa em paralelas assimétricas, ao nível das rotações. Analisámos 83 exercícios das ginastas finalistas de paralelas assimétricas, em campeonatos do mundo e jogos olímpicos entre 1989 e 2004. Como principais resultados observámos aumentos significativos nas rotações transversais à frente e atrás em apoio, nas rotações longitudinais em apoio, rotações directas de 360º e nos elementos “in bar” com rotação longitudinal. Com base nos resultados concluímos que: a) as rotações no eixo transversal atrás em apoio e em fase aérea superam largamente as de sentido inverso; b) o volume de rotações no eixo longitudinal em apoio evoluiu significativamente, significando um aumento na complexidade dos movimentos; c) actualmente as ginastas não apresentam rotações longitudinais em suspensão.

Acessar Arquivo