Resumo

Este trabalho visa a problematizar a apropriação midiática da relação entre futebol e cultura brasileira contemporânea a partir da definição social de categorias constituintes de uma "identidade brasileira", presentes na cobertura da imprensa esportiva da Copa do Mundo de 2002 em jornais do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Esta Copa constitui-se em um caso particularmente interessante neste sentido, uma vez que, a partir da figura emblemática do técnico Luis Felipe Scolari, os elementos tradicionalmente associados ao "ser brasileiro" - elementos que se manifestariam em um "estilo brasileiro de jogar futebol", de que Romário é talvez um dos melhores exemplos - sofreram uma rearticulação no discurso midiático. Minha intenção é aprofundar a discussão acerca do papel do futebol como "operador simbólico" da nacionalidade no Brasil a partir de sua apropriação pelo discurso da imprensa esportiva.

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