Resumo

O objetivo do artigo é fazer uma análise dos vínculos entre o jiu-jítsu criado e difundido pela família Gracie e a violência praticada por “pitboys”, jovens de classe media e alta do Rio de Janeiro que frequentemente se envolvem em confusões, pancadarias e delitos afins. O principal ponto explorado é o que chamo de “a filosofia da eficiência”, espécie de ethos guerreiro surgido em consequência do próprio posicionamento que o Gracie jiujítsu procurou obter dentro do mundo das artes marciais. O objetivo do jiu-jítsu foi desde o início ser reconhecido como a arte marcial mais eficiente em confrontos violentos, sem regras; não haveria de ser mero acaso, portanto, que sua “filosofia” fosse atravessada não pelo ideal de pacifismo e auto controle do indivíduo, mas antes pela disposição constante de seus praticantes de colocar se à prova em brigas de rua.
 

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