A força muscular isocinética influencia o desempenho funcional de pessoas idosas? Um estudo transversal
Por Marina Danielle Senna Souza Souza (Autor), Leandro Lima de Souza (Autor), Carlos Ernesto Santos Ferreira (Autor), Thiago Vidal Pereira (Autor), Karla Helena Coelho Vilaça e Silva (Autor), Letícia da Silva Lima (Autor), Ana Caroline de Oliveira Lima (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 30, n 3, 2022.
Resumo
Introdução: O envelhecimento é o curso natural da vida humana e tem repercussões em diversas estruturas e funções dos sistemas do corpo. A manutenção da força muscular dos extensores e flexores do joelho torna-se relevante para a realização das AVD’s, sendo frequentemente avaliada através do dinamômetro isocinético. A razão antagonista/agonista também é dada por esse equipamento, sendo uma boa indicadora de desequilíbrios musculares. Objetivos: analisar a influência do pico de torque e potência dos extensores e flexores do joelho no desempenho funcional de pessoas idosas e observar a interação entre a razão agonista/antagonista e o desempenho nos testes funcionais. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, no qual participaram pessoas idosas provenientes da comunidade. As variáveis isocinéticas analisadas foram pico de torque relativo à massa corporal, potência média e razão agonista/antagonista nas velocidades de 60º/s e 180º/s. Foi utilizada a frequência de distribuição e análise descritiva da amostra. Para analisar a interação entre as variáveis isocinéticas e o desempenho funcional, foi utilizado teste de correlação de Spearman. Foi realizada uma regressão linear multivariada considerando como variáveis independentes as variáveis isocinéticas, e como dependentes, as variáveis de desempenho funcional. Resultados: Participaram do estudo 36 pessoas idosas com média de idade de 60 anos, sendo 29 mulheres e 7 homens. A razão agonista/antagonista na velocidade de 180º/s influenciou a realização do teste TUG. As outras variáveis não demonstraram influência nos testes funcionais. A velocidade de marcha apresentou correlação positiva significativa com a variável pico de torque a 60º/s e 180º/s.Conclusão: A força muscular isocinética pode influenciar o desempenho funcional e, quanto mais alta a razão agonista/antagonista em pessoas idosas, melhor o desempenho destas em testes funcionais