Resumo

Introdução: O envelhecimento é o curso natural da vida humana e tem repercussões em diversas estruturas e funções dos sistemas do corpo. A manutenção da força muscular dos extensores e flexores do joelho torna-se relevante para a realização das AVD’s, sendo frequentemente avaliada através do dinamômetro isocinético. A razão antagonista/agonista também é dada por esse equipamento, sendo uma boa indicadora de desequilíbrios musculares. Objetivos: analisar a influência do pico de torque e potência dos extensores e flexores do joelho no desempenho funcional de pessoas idosas e observar a interação entre a razão agonista/antagonista e o desempenho nos testes funcionais. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, no qual participaram pessoas idosas provenientes da comunidade. As variáveis isocinéticas analisadas foram pico de torque relativo à massa corporal, potência média e razão agonista/antagonista nas velocidades de 60º/s e 180º/s. Foi utilizada a frequência de distribuição e análise descritiva da amostra. Para analisar a interação entre as variáveis isocinéticas e o desempenho funcional, foi utilizado teste de correlação de Spearman. Foi realizada uma regressão linear multivariada considerando como variáveis independentes as variáveis isocinéticas, e como dependentes, as variáveis de desempenho funcional. Resultados: Participaram do estudo 36 pessoas idosas com média de idade de 60 anos, sendo 29 mulheres e 7 homens. A razão agonista/antagonista na velocidade de 180º/s influenciou a realização do teste TUG. As outras variáveis não demonstraram influência nos testes funcionais. A velocidade de marcha apresentou correlação positiva significativa com a variável pico de torque a 60º/s e 180º/s.Conclusão: A força muscular isocinética pode influenciar o desempenho funcional e, quanto mais alta a razão agonista/antagonista em pessoas idosas, melhor o desempenho destas em testes funcionais

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