Sobre
Todos nós conhecemos algum atleta de desempenho extraordinário nos tempos de colégio - aquele para quem tudo parecia muito fácil. Podia ser um zagueiro ou batedor, uma das melhores armadoras dos campeonatos escolares de basquete ou uma saltadora em altura. Talentos natos. Ou não? Esta é uma controvérsia tão antiga quanto as competições. Será que astros como Usain Bolt, Michael Phelps e Serena Williams não passam de aberrações genéticas, que vieram ao mundo fadados ao domínio de seus respectivos esportes? Ou são pessoas normais, que apenas superaram os próprios limites biológicos graças a muita força de vontade e treinamento obsessivo? Esta é uma controvérsia tão antiga quanto as competições. Será que astros como Usain Bolt, Michael Phelps e Serena Williams não passam de aberrações genéticas, que vieram ao mundo fadados ao domínio de seus respectivos esportes? Ou são pessoas normais, que apenas superaram os próprios limites biológicos graças a muita força de vontade e treinamento obsessivo? A verdade é muito mais complexa do que a mera dicotomia inato e adquirido. Nos 10 anos transcorridos desde o sequenciamento do genoma humano, os pesquisadores pouco a pouco vêm desvendando como a relação entre dons biológicos e o ambiente de treinamento de um atleta afeta seu desempenho. Cientistas do esporte vêm paulatinamente adentrando a era da moderna pesquisa genética. Este tema requer, necessariamente, um mergulho em profundidade em pontos sensíveis como raça e gênero. Epstein explora questões controversas, como: - Os atletas negros são geneticamente predeterminados a dominar as corridas de curta e de longa distância? Suas habilidades sofrem alguma influência da geografia do continente africano? - Existem razões genéticas para separar atletas dos sexos masculino e feminino nas provas? - Deveríamos testar os genes das crianças ainda pequenas, a fim de descobrir se são destinadas ao estrelato? - Os testes genéticos podem determinar quem corre risco de lesão, dano cerebral ou mesmo morte em campo? Nesta polêmica e envolvente investigação sobre o sucesso nos esportes, neste livro, David Epstein aborda o grande debate entre inato e adquirido e sai em campo para descobrir aonde a ciência já chegou na resolução deste vasto mistério - e põe em questão a chamada regra das 10 mil horas, a fim de saber se é mesmo verdade que a prática rigorosa e consistente desde muito cedo é o único caminho para a excelência atlética.