Resumo

Este estudo tem como objetivo analisar o significado da prática da Ginástica Artística e da Ginástica Rítmica desenvolvidas em aulas de Educação Física Escolar para as crianças dos seis aos dez anos de idade. A fim de apresentar as propostas do Projeto crescendo com a Ginástica, da Faculdade de Educação Física da Unicamp, e aplicá-las em aulas nas escolas, foi desenvolvido um curso na Universidade, para professores de Educação Física e, a partir dele, realizou-se um acompanhamento em escolas que se dispuseram a aplicar essa prática. O programa consta de propostas do movimento gímnico desenvolvidas numa perspectiva lúdica, visando estimular o potencial de cada criança sem desrespeitar as suas capacidades. Os professores desenvolveram conteúdos dessas ginásticas em suas aulas, de forma prazerosa, permitindo que as crianças vivenciassem diferentes movimentos com o corpo ao explorarem os mais diversos materiais e aparelhos que fazem parte da prática da Ginástica. Por meio de entrevistas buscou-se compreender o impacto que essa prática trouxe para as crianças, analisando qualitativamente o significado que a vivência destes conteúdos teve para elas. A partir de uma reflexão sobre a criança e suas possibilidades de movimento, enfocou-se a prática da Ginástica Artística e Rítmica como meio de desenvolvimento motor, ou seja, como instrumento na formação da criança. Quando se lê o que pensam as crianças sobre essa prática, é possível comprovar a importância de se aplicar esse conteúdo em aulas de Educação Física escolar, não só face às possibilidades que ela oferece de estimulação motora, com atividades gímnicas dinamizadas, de forma lúdica, mas também pelo prazer que essa prática pode proporcionar. Nesta perspectiva, o estudo investigou os motivos que levam as crianças a se interessarem por esta prática e concluiu que a criança motivada tem prazer em repetir os movimentos que proporcionaram sensações agradáveis, por terem um significado para ela. Os depoimentos foram interpretados de acordo com análise de conteúdo de Bardin (1977), sendo reduzidos em unidades de registro que definiram categorias possíveis de revelar o que as crianças pensam e falam sobre essa prática e como expressam as emoções vivenciadas 

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