A Gr Como Modalidade Esportiva: Onde Estão Os Corpos Masculinos?
Por Anna Luiza Burnier (Autor), Carlos Alberto Figueiredo (Autor), Adriana Martins Correia (Autor), Martha Copolillo (Autor).
Em XXIII Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte. IX CONICE - CONBRACE
Resumo
O presente trabalho desdobra-se de uma dissertação de Mestrado que busca compreender o percurso da Ginástica Rítmica (GR) como uma modalidade que se desenvolve hegemonicamente com corpos femininos. Interessa-nos investigar a presença de corpos masculinos nessa prática. Para tal, esse estudo está centrado na reflexão a partir de referências bibliográficas com foco na temática da participação de homens na GR. AS TRILHAS DO ESTUDO Nosso caminho metodológico partiu de uma revisão narrativa da literatura, na base de dados Google Acadêmico. Nos concentramos nas informações, análises e interpretações desses textos procurando entendê-los de forma contextualizada. Aqui falamos a partir dos 1 O trabalho contou com apoio financeiro de um bolsa integral para o Curso de Mestrado do PPGCAFUNIVERSO.resultados encontrados e das reflexões que fizemos, no que se refere especificamente aos estudos que relacionam GR, homens/ corpos masculinos. Neste processo encontramos apenas três trabalhos que possuem este recorte. O trabalho de Kikuti e Nunomura (2022) buscou compreender a relação entre as marcas de feminilidade deste esporte a aparição de homens praticantes. Entrevistaram 15 praticantes e concluíram que que os homens têm pouca representatividade na prática mesmo em países que apoiam o esportes, com poucas perspectivas para os futuros atletas O estudo de Coelho (2016) teve como objetivo descrever a analisar o movimento de inserção dos meninos na GR a partir das iniciativas da Federação de Ginástica Riograndense, realizando uma pesquisa-ação nas ações da federação voltadas à inclusão dos meninos nos eventos. Concluíram que, a partir de ações sistematizadas das entidades, a GR masculina é uma prática potente e que deve ser fomentada. Neto et.al.(2019) pesquisaram o desenvolvimento da GR masculina no estado de São Paulo, aplicando um questionário semiestruturado com nove ginastas masculinos. Apontaram barreiras a serem superadas pelo esporte, com iniciativas ainda individuais e pouco institucionalizadas.