A hipertrofia muscular explica as mudanças na força específica e não-específica em mulheres jovens após 10 semanas de treinamento de força?
Por Gabriel Kunevaliki (Autor), Edilson serpeloni cyrino (Autor), Pâmela De Castro E Souza (Autor), Ian Isikawa Tricoli (Autor), Bruna Costa (Autor), Witalo Kassiano (Autor).
Em 46º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Embora mudanças na força e hipertrofia muscular possam ser observadas após um programa de treinamento de força (TF), ainda é desconhecido se as alterações no tamanho muscular apresentam relação com o aumento da produção de força específica e não-específica. OBJETIVO: Verificar se a mudança na espessura muscular do quadríceps explica as alterações na força muscular específica e não-específica em mulheres jovens não-treinadas. MÉTODOS: Trinta e sete mulheres (22,2 ± 3,8 anos; 61,9 ± 12,6 kg; 162,4 ± 5,8 cm; 23,4 ± 4,5 kg/m²) realizaram 10 semanas de TF, composto por quatro exercícios para os diferentes segmentos corporais (leg press 45°, puxada alta, stiff e supino reto com barra), executados em duas séries de 8 a 15 repetições máximas, em três sessões semanais em dias não-consecutivos. A força muscular foi estimada a partir de testes de uma repetição máxima (1RM) nos exercícios leg press 45° (específico) e cadeira extensora (não-específico). A hipertrofia muscular foi avaliada a partir da espessura muscular dos músculos da coxa anterior (reto femoral e vasto intermédio) e lateral (vasto lateral e intermédio) obtida por ultrassonografia. Todas as avaliações foram realizadas pré e pós-intervenção. A relação entre o aumento na espessura muscular e as mudanças nas variáveis de desfecho foi avaliada pela análise de regressão linear simples. A significância estatística foi de P < 0,05. RESULTADOS: Mudanças foram observadas no teste de 1RM (leg press 45° = +33,1%; cadeira extensora = +24,5%) e na espessura muscular (coxa anterior = +12,9%; coxa lateral = +8,4%) após a intervenção. Nenhuma relação foi observada entre o aumento da espessura muscular da coxa anterior, lateral e as mudanças no teste de 1RM no leg press 45° e na cadeira extensora (P > 0,05). CONCLUSÃO: As alterações na espessura muscular parecem não explicar as mudanças na força específica e não específica em mulheres jovens não-treinadas após 10 semanas de TF.