A História da Escrita Reflete os Efeitos da Educação no Discurso Estrutura: Implicações Para a Alfabetização, Oralidade, Psicose e Idade Axial
Por Sylvia Pinheiro (Autor), Natália Bezerra Mota (Autor), Mariano Sigman (Autor), Diego Fernández-slezak (Autor), Antonio Guerreiro (Autor), Luís Fernando Tófoli (Autor), Guillermo Cecchi (Autor), Mauro Copelli (Autor), Sidarta Ribeiro (Autor).
Resumo
Contexto: A análise gráfica detecta psicose e aquisição de alfabetização. A literatura da Idade do Bronze foi proposta para conter características infantis ou psicóticas, que só teriam amadurecido durante a Era Axial (∼800-200 AC),um suposto limite para a mentalidade contemporânea.
Método: a análise gráfica de textos literários abrangendo ∼4.500 anos mostra mudanças assintóticas notáveis ao longo do tempo.
Resultados: Enquanto a diversidade lexical, a recorrência de curto alcance e o comprimento do gráfico aumentam em relação à aleatoriedade, a recorrência de curto alcance diminui para níveis aleatórios. Os textos da Idade do Bronze são estruturalmente semelhantes aos relatórios orais de crianças típicas alfabetizadas, mas distintos da poesia e das narrativas de pré-escolares, pré-alfabetizados ou ameríndios. A estrutura do texto reconstitui a "flecha do tempo", convergindo para níveis adultos educados no início da Idade Axial.
Conclusão: Os percursos educacionais das tradições orais e letradas são estruturalmente divergentes, com uma diminuição de intervalo de recorrência no primeiro, e um intervalo crescente de recorrência no último. A educação é aparentemente o força motriz subjacente ao amadurecimento do discurso. (Trad. Sandra Cavasini)