Resumo

O futebol brasileiro é considerado um celeiro fornecedor de talentos para as equipes mais importantes do futebol mundial. Esse protagonismo de fonte inesgotável de grandes jogadores de futebol gerados no Brasil tem sido atribuído a prática inicial do futsal nas escolas, praças, projetos sociais e clubes. Este artigo tem por objetivo analisar o processo de transição do futsal para o futebol. Caracteriza-se por um estudo qualitativo e descritivo. Os participantes do estudo foram cinco ex-atletas que realizaram a transição do futsal para o futebol e conseguiram se profissionalizar. A escolha se deu por conveniência. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado uma entrevista semiestruturada. Para facilitar a coleta das informações às falas foram gravadas em mp4, para posteriormente serem transcritas, na sequência, devolvidas aos entrevistados para validação. As entrevistas ocorreram de forma remota via plataforma Skype e Zoom (áudio e vídeo) respectivamente. Pode-se afirmar que os resultados obtidos nestes relatos, não ficam evidenciados qual seria a “idade ideal”, podendo-se afirmar que ela dependeria de outras tantas variáveis, inclusive de um ambiente composto por todos estes componentes relacionados: sociocultural, emocional, cognitivo, técnico, tático, físico, entre outros. Em suma, a discussão sobre “idade ideal” estaria sendo realocada para um patamar secundário, porém o ambiente construído para tal receberia um maior destaque transformando-se em principal elemento de discussão, não importando quando, mas como realizá-lo. Por fim, sugere-se a proposição de novos estudos objetivando auxiliar o profissional da área do treinamento melhorando suas práticas, auxiliando-os na formação de novos jogadores e jogadoras de futsal e futebol em nosso país, contribuindo de forma efetiva para o desenvolvimento de talentos para estas modalidades.

Referências

-Andrade, M.X.; Carlet, R.; Shamah, M.E.P.; Elias, L.O.; Voser, R.C. O futsal como formador de atletas para o futebol: uma revisão narrativa. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 14. Num. 57. 2022. p. 161-170.

-Baker, J.; Côté, J.; Abernethy, B. Learning from the experts: Practice activities of expert decision makers in sport. Research Quarterly for Exercise and Sport. Vol. 74. Num. 3. 2003. p. 342-347.

-Balzano, O.N.; Munsberg, J.A.S. A influência do futsal na formação para o futebol segundo profissionais do futebol. Revista Brasileira De Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 15. Num. 61. 2023. p. 71-87.

-Barros Júnior, E.S.; Araújo, W.C. A importância do futsal na formação desportiva do jogador de futebol. Revista Diálogos em Saúde. Vol. 1. Núm. 2. 2018. p. 1-32.

-Bettega, O.B.; Scaglia, A.J.; Pasquarelli, B.N.; Prestes, M.F.; Kssesinski, F.C.; Galatti, L.R. A competição na iniciação ao futebol: considerações sobre a organização do jogo e a participação no ambiente competitivo. Motrivivência. Vol. 32. Num. 62. 2020. p. 1-17.

-Cunha Neto, P.S. A influência da prática regular de futsal na formação de atletas profissionais de futebol do Clube Atlético Paranaense. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 5. Núm. 17. 2013. p. 221- 226.

-Garganta, J. Para uma teoria dos Jogos Desportivos Colectivos. In: O Ensino dos Jogos Desportivos. Graça, A.; Oliveira, J. CEJD/FCDEF-UP. Porto. 1994. P. 11-25,

Lüdke, M.; André, M.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo. EPU. 1986.

-Marques, A.; Oliveira, J. Promoting quality in youth sports. In: Youth sports: growth, maturation and talent. 2010. p. 153.

-Rosa, C.F.; Costa, N.R.; Navarro, A.C. A prática do futsal feminino na formação das jogadoras brasileiras de futebol. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 1. Núm. 2. 2009. p. 9.

-Santana, W.C.; Ribeiro, D.A. Idades de início de atletas de futsal de alto rendimento na prática sistemática e em competições federadas da modalidade. Pensar a Prática, Goiânia. Vol. 13. Num. 2. 2010. p. 1¬17.

-Sant’Anna, M.V.; Fernandes, R.N.; Marques, H.F.; Menezes, M.S.; Bovo, V.A. O segredo Futebol Brasileiro: futsal e futebol de base. São Paulo: D3 Educacional. 2022.

Acessar