Resumo

A praia de Copacabana, que já teve as suas belezas enaltecidas em verso e prosa por boêmios, poetas e trovadores, é também um espaço privilegiado onde se fazem notar, nos seus aproximadamente quatro quilômetros e meio de extensão de areia, o convívio e a tolerância entre os sujeitos das mais diferentes características sócio-econômico-culturais. Circulam nesta praia, além das pessoas que procuram freqüentá-la para desfrutar de um agradável banho de mar, também aquelas outras que a vêem como um espaço adequado para a prática esportiva de lazer. A prática de esportes e de atividades físicas em geral, como lazer, ao longo das praias da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, desempenha funções importantes no desenvolvimento pessoal dos praticantes e na construção da identidade cultural da cidade (Costa,1995; Costa, Costa, Salles e Silva, 1996; Costa, 1997; Costa, Figueiredo e Silva, 1997; Costa e Tubino,1997; Costa e Tubino, 1998; Costa, 2004). Neste sentido, a partir da cultura esportiva da praia de Copacabana, se tem a descrição do fenômeno da peteca de praia. O objetivo geral do estudo é compreender a peteca de praia como uma manifestação de lazer na cultura esportiva de praia. Os objetivos específicos são: Descrever o fenômeno da peteca de praia enquanto prática cultural na praia de Copacabana. Identificar as semelhanças e diferenças entre as diversas práticas da peteca ao longo da orla dessa praia. Descrever como se criaram os espaços para o jogo de peteca na praia de Copacabana. Compreender como se constroem os conhecimentos do saber do cotidiano, que é produzido, compartilhado e reproduzido nos discursos e nas ações dos jogadores, a partir de sua adesão a este jogo. Identificar os elementos simbólicos presentes nos imaginários dos petequeiros de praia. O estudo de caráter descritivo exploratório, com abordagem qualitativa, de base etnográfica interpretativa, dirigida para os sentidos atribuídos pelos sujeitos que praticam a peteca na praia, à sua adesão, ao esporte, ao espaço e ao contrato lúdico, apresentando como campo de investigação os postos 2, 3 e 6 da praia de Copacabana, consultou sete petequeros da praia de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro.

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