Resumo

No segundo semestre do ano de 2019 e no ano de 2020 o mundo tem enfrentado uma pandemia que modificou, sobremaneira, as relações sociais em todas as suas dimensões. A pandemia do Coronavirus Disease 2019 e as medidas de isolamento social alteraram as relações de produção e trouxeram modificações em todas as esferas da sociabilidade humana. E é nesse contexto pandêmico e de consequente crise política, econômica e social que se pretende analisar neste artigo como a pandemia e a utilização do ensino remoto na Educação Física fere o princípio do desenvolvimento das práticas corporais como componente central para a materialização da cultura corporal. Trata-se do resultado de uma pesquisa que adotou como método de abordagem o materialismo histórico dialético e como procedimentos metodológicos a pesquisa documental e bibliográfica. Concluiu-se que o ensino remoto, independentemente do componente curricular, produz a intensificação e precarização do trabalho docente, na medida em que, neste formato de ensinar,  a infraestrutura  é insuficiente ou inexistente; a falta de formação e experiência com as plataformas digitais e sua rápida absorção no trabalho do professor prejudica o processo educacional, acarretando sobrecarga aos sujeitos envolvidos no processo e, principalmente, na disciplina de Educação Física.

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