Resumo

A revista Placar, lançada em 1970, contribuiu com a história do futebol no Brasil. Em suas páginas, marcadas pelo período da ditadura-civil militar, desenvolveram-se análises sobre o Campeonato Brasileiro de Clubes, a Seleção Brasileira e o envolvimento do esporte com a política. Com o governo Geisel é anunciada, em 1974, a abertura política brasileira que decretou o fim lento e gradual do regime militar no país e, assim, observam-se processos de mudança no futebol brasileiro. A partir da segunda metade da década de 1970 nota-se que os editoriais, reportagens, charges e seções do impresso esportivo tornaram-se mais críticos em relação a presença militar no comando do futebol nacional. É possível observar um processo de abertura política do futebol brasileiro inserido no processo nacional anunciado por Geisel. A revista Placar realizou um papel fundamental como agente formador de opinião ao tecer críticas à gestão do Almirante Heleno Nunes como presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) e ao apoiar a criação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Já no governo Figueiredo, o último do regime civil-militar, houve um esforço pela desvinculação entre a política dos militares e o esporte com o anúncio de que a CBF assumiria a administração do futebol nacional.

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