Resumo

Assim como qualquer outro cenário de nossa vida, a Educação Física escolar está cercada por inúmeras diferenças: diferenças entre seus alunos, professores ou demais influentes, como a família ou a escola. Estas diferenças encontradas durante as aulas podem ser classificadas como étnicas, religiosas, socioculturais, diferenças de altura, de gênero, idade ou qualquer outra. Partindo de referenciais teóricos próprios da Antropologia – que discutem a questão da Diferença e da Alteridade – este estudo pretendeu contribuir para que as aulas de Educação Física pudessem propiciar aos seus alunos igualdade no que se refere ao seu direito à prática, considerando todas estas diferenças. Para que pudéssemos compreender como e quando ocorriam os momentos de inclusão e exclusão nas aulas de Educação Física, realizamos um estudo de caso com observações de uma 6ª série de Ensino Fundamental, em uma escola pública do município de Campinas – SP, ao longo de dezoito aulas de um bimestre letivo. Consideramos que este estudo de cunho antropológico não teve como objetivo solucionar os motivos que distanciam teoria e prática no que diz respeito à Inclusão nas aulas de Educação Física, mas sim refletir sobre um caso observado no sentido de contribuir e continuar este debate sob uma perspectiva que enxerga a Inclusão e a Educação Física como meta constante. As reflexões relatadas no decorrer desta pesquisa podem contribuir, portanto, para os inúmeros debates acerca da Inclusão nas aulas de Educação Física, pensada de forma mais ampla na Educação

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