Resumo

No mundo contemporâneo, a inclusão do aluno com deficiência representa desafio, desde a modalidade de Educação Infantil até o Ensino Superior, tanto em instituições privadas quanto públicas. Este trabalho procurou colaborar para que esse paradigma educacional seja rompido, tendo como foco principal o Ensino Superior em Juiz de Fora, MG. Justifica-se pela necessidade contemporânea de estabelecer processos e metodologias, em políticas educacionais, que contemplem um Ensino Superior atento à diversidade humana. Para tanto, buscou-se recorrer aos conhecimentos já produzidos a respeito do tema inclusão, especificamente, no Ensino Superior, com base nos autores, tais como Mansini e Bazon (s./d), Delpino (2004), Moreira (2005), Gomes e Lima (2006), Perini (2006), Chahin (2006), Pellegrin (2006), Ferreira (2006), Rodrigues (2007), Pereira (2007). O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento dos alunos com deficiência em processo de inclusão no Ensino Superior de Juiz de Fora e analisar a história de vida dos alunos com deficiência nos cursos superiores de Educação Física. Metodologicamente, esta pesquisa foi dividida em duas etapas: a primeira trata-se de um Survey, em que foi possível levantar quantos são os alunos com deficiência matriculados nas Instituições de Ensino Superior, na cidade de Juiz de Fora. O instrumento utilizado foi entrevista semiestruturada aplicada aos coordenadores de cursos de Instituições de Ensino Superior (IESs) privada e de uma IES pública. Na segunda etapa, analisou-se o conteúdo das entrevistas, de acordo com a Análise de Conteúdo, a partir do pensamento de Bardin (2008), dos alunos autodeclarados com deficiência dos cursos de Educação Física. Foram pesquisadas 11 IESs, 10 da rede privada e 1 (uma) da rede pública. Conclui-se que a inclusão nos cursos superiores em Juiz de Fora vem acontecendo. Atualmente, são 45 alunos com deficiência os quais estão em processo de inclusão, sendo 37 na rede privada e 8 na rede pública. Em sua maioria, são alunos da rede privada, com deficiência visual, do sexo masculino. Estudam no período noturno e há maior procura pelos cursos da área de Humanidades. Em uma das IESs pesquisada, foi possível identificar a presença de 2 alunos com deficiência física, originada de acidente automobilístico. Esses consideram a necessidade da quebra de barreias arquitetônicas e atitudinais para o sucesso desse novo processo de escolarização. Palavras-chave: Ensino Superior. Inclusão. Pessoas com deficiência

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