Resumo

As quedas são eventos multifatoriais, sendo descritas como problema de saúde pública, onde cerca de um terço das pessoas acima de 65 anos caem ao menos uma vez por ano, também estando relacionada a fatores de risco intrínsecos, extrínsecos e comportamentais. Alguns elementos capazes de gerar medo de cair em pessoas idosas incluem alterações na força de preensão manual, condições de saúde e histórico de quedas. Ademais, a fraqueza muscular de membros inferiores é fator predisponente para déficits no equilíbrio postural, visto que essa musculatura possui papel importante na estabilização durante a marcha. Assim, o objetivo foi avaliar a força de preensão manual e força muscular isocinética dos músculos flexores e extensores de joelho em pessoas idosas com e sem medo de quedas. Foram incluídas pessoas idosas (acima de 60 anos), sendo submetidas a avaliação de dados sociodemográficos, da força muscular dos músculos flexores e extensores de joelho por meio da dinamometria isocinética, da força de preensão manual por meio do dinamômetro Jamar® e do medo de quedas por meio da Escala de Eficácia de Quedas - Internacional. Participaram do estudo 40 voluntários com idade média de 68,9 ± 5,6 anos, sendo 32 mulheres e 8 homens. Os resultados demonstraram que não houve diferença significativa do pico de torque flexor (p=0,66) e extensor (p=0,86) do joelho, bem como a força de preensão manual (p=0,08) entre os grupos com e sem medo de quedas. Adicionalmente, os voluntários do sexo masculino apresentaram menor medo de quedas e maior força de preensão manual e pico de torque dos músculos extensores de joelho, quando comparados a voluntárias do sexo feminino. Finalmente, conclui-se que idosos com medo de quedas não possuem déficits na força de preensão manual, como também dos músculos flexores e extensores de joelho quando comparados a idosos sem medo de quedas.

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