Resumo

É muito comum atribuir aos egípcios uma grande influência para a construção da civilização helênica, sem, contudo, levar em consideração os determinantes culturais específicos de cada um desses povos em suas origens. Utilizando-se do método de pesquisa histórica analítica associada à mitohermenêutica, podemos observar que o desenvolvimento de Hórus, na cosmogonia egípcia, exemplifica o profundo respeito que eles tinham com o ciclo morte-renascimento, que se estendia tanto para a vida econômica deles com o ritmo das cheias do rio Nilo, mas principalmente para a legitimação social da figura do Faraó. Ele era o único que possuía ligação com os deuses, sendo encarado como reencarnação de Hórus, o deus-vivo. Com isso, as práticas atléticas por eles desenvolvidas, tinham na maior parte das vezes um fim nelas mesmas, sendo predominantemente de caráter utilitário sem que houvesse qualquer forma de transcendência, esta que estava restrita somente ao faraó.

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