Resumo

Dentre os exercícios praticados nas academias, destaca-se o agachamento que, por ser definido como um exercício multiarticular, envolve diversos grupamentos musculares tanto do compartimento anterior, como do posterior da coxa, da perna, do quadril e do tronco. Ademais, a maior aplicabilidade do agachamento é explicada pela sua efetividade em relação à funcionalidade. A execução errada deste exercício, provocada por encurtamentos musculares, pode resultar em movimentos articulares compensatórios no tornozelo, joelhos, quadril e coluna, ocasionando lesões. Objetivo: Verificar a influência da mobilidade do tornozelo e quadril no controle postural durante agachamento profundo, avaliando a variabilidade da posição do centro de pressão (CP) corporal durante a execução do movimento. Metodologia: A amostra será composta por indivíduos treinados e sem histórico de lesões no joelho, tornozelo e quadril por no minino seis meses, do sexo masculino e feminino com idades entre 18 à 30 anos. Para medição do nível de flexibilidade será utilizado o Lunge Test para mobilidade de tornozelo e Straight Leg Raise para mobilidade de quadril. Será usado a plataforma de força da marca EMG System do Brasil, com taxa de aquisição de dados de 500 Hz. As variáveis amplitude ântero-posterior e médio-lateral serão obtidas através da plataforma de força. De forma aleatória, os indivíduos descalços serão orientados a realizar seis agachamentos, sendo três com contração da musculatura do abdômen e três sem contração . Resultados: Após a obtenção dos dados, espera-se que a baixa mobilidade do tornozelo e quadril poderá resultar em uma retroversão pélvica precoce durante a realização do agachamento influenciando o controle postural, aumentando assim a tensão na lombar e articulações envolvidas. Essa comprovação poderá auxiliar o profissional de Educação Física em sua prescrição, como também contribuir para futuros estudos na área.