A influência da prática regular de natação no desenvolvimento neuropsicomotor em uma criança com autismo: Um estudo de caso
Por Karen dos Santos de Oliveira (Autor), Robson Pacheco (Autor).
Parte de Boas práticas na educação física Catarinense 2020 . páginas 188 - 212
Resumo
O transtorno do espectro autista (TEA), conhecido mundialmente como autismo, começou a ser estudado em 1943 pelo Dr. Leo Kanner, médico austríaco que vivia nos Estados Unidos e escreveu sobre o assunto. Desde então, as pesquisas sobre o autismo continuam crescendo (MELLO, 2007). Segundo Pinto et al. (2016), o transtorno afeta frequentemente crianças do sexo masculino e seus sinais começam a aparecer antes dos três anos, tendo expressões variáveis. Seu diagnóstico é realizado por meio de uma avaliação direta dos comportamentos do indivíduo, feita pelo médico especialista, segundo os critérios determinados nos sistemas de classificação. Pode apresentar diferentes graus de severidade, desde os mais severos (em que a pessoa não fala, não olha nos olhos, não mostra interesse algum no outro) até os mais leves, chamados de alto funcionamento (falam, são capazes de acompanhar estudo normal, desenvolver-se em uma profissão e criam vínculos com outras pessoas). Assim, esses graus são avaliados de acordo com o quanto de prejuízo causam à qualidade de vida do indivíduo, podendo ainda vir acompanhados de outros distúrbios, como depressão, epilepsia, hiperatividade, curto tempo de atenção, impulsividade, comportamento agressivo, acessos de autoagressividade e agitação psicomotora (CORREIA, 2014; MENDONÇA, FLAITT, 2013; SILVA, 2014).