A influência da prática/nível de atividade física no quadro de dismenorreia
Por Chadi Pellegrini Anaruma (Autor), Clara Dias Porto (Autor).
Em 46º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
A dismenorreia é caracterizada por dor abdominal no período menstrual, podendo ser acompanhada por náuseas, vômitos, cefaleia, tonturas e desmaios. Atualmente, é considerada um problema de saúde pública, gerador de prejuízos econômicos e sociais, pois provoca o absenteísmo na vida profissional e/ou escolar das mulheres acometidas. Compreender os mecanismos envolvidos na sintomatologia da dismenorreia se faz importante para o desenvolvimento de diferentes abordagens no controle desse processo fisiológico e melhora da qualidade de vida dessa população.
Objetivos: Destas formas, o objetivo deste estudo foi averiguar se a prática de exercícios físicos regulares em diferentes intensidades tem efeito no quadro de dismenorreia em uma população de mulheres.
Métodos: Para esta pesquisa, as informações foram extraídas através de questionários, sendo um sobre os níveis de atividade física praticada e outro sobre as dores relacionadas a menstruação (dismenorreia). A amostra foi composta de mulheres entre 18 e 30 anos, que não estejam na menopausa, não tenham síndrome do ovário policístico e não façam uso de anticoncepcionais inibidores de sintomas menstruais. Os grupos foram divididos em CON: grupos controle, composto por mulheres sedentárias; EFL: grupo exercício físico leve, composto por mulheres que praticavam menos de 5h semanais de atividades físicas e EFI: grupo exercício físico intenso, composto por mulheres que praticavam mais de 5h semanais de atividades físicas.
Resultados: A amostra constou de 50 mulheres, com idade média de 22,6±5,5 anos. Dessas, 43(86%) apresentavam queixa de dismenorreia, sendo que dentre as voluntárias do grupo CON, composto de mulheres sedentárias, 88,9%, apresentaram quadro de dismenorreia, enquanto o grupo EFL, a dismenorreia afetou 81,3% das voluntárias, por fim, o grupo EFI, o valor apresentado de voluntárias que apresentaram dismenorreia foi de 88,5% (Gráfico 1).