A Influência da Profundidade de Agachamento no Desempenho e em Parâmetros Biomecânicos do Salto com Contra Movimento
Por Rodrigo Ghedini Gheller (Autor), Juliano Dal Pupo (Autor), Luis Antonio Pereira de Lima (Autor), Bruno Monteiro de Moura (Autor), Saray Giovana dos Santos (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 16, n 6, 2014. Da página 1 a 11
Resumo
O objetivo do presente estudo foi analisar a influência de diferentes profundidades de agachamento no desempenho e em parâmetros biomecânicos no salto com contra movimento (CMJ). Participaram do estudo 22 atletas de voleibol ou basquetebol do sexo masculino, participantes de competições em nível regional e universitário. Os CMJ foram realizados em três condições: 1) com flexão relativa do joelho ao final da fase de contra movimento menor que 90° (CMJ<90°); 2) maior que 90° (CMJ>90°) e; 3) posição preferida (CMJPREF). Durante os CMJ foram mensurados: altura do salto, variáveis cinemáticas, cinéticas e eletromiográficas. ANOVA para medidas repetidas com post-hoc de Bonferroni foi utilizado na comparação das variáveis, adotando-se nível de significância de p≤0,05. O desempenho foi maior na situação PREF e <90° comparado ao CMJ >90°. A potência média e pico, a força máxima normalizada e absoluta, apresentaram os maiores valores na posição >90°. O pico de velocidade e as velocidades angulares de quadril e joelho apresentaram os maiores valores na posição <90°. A EMG do vasto lateral, durante as fases descendente e ascendente, foi maior na posição >90°. Os músculos reto femoral e bíceps braquial não apresentaram diferença entre as condições. Conclui-se que o desempenho e as variáveis biomecânicas analisadas no CMJ são influenciados pelo nível de flexão do joelho. As maiores alturas foram obtidas nos saltos realizados a partir de uma maior profundidade de agachamento, assim, tal estratégia técnica poderia ser utilizada por atletas a fim de otimizar a altura do salto vertical nos treinamentos e competições.