Resumo

Introdução: Atualmente diferentes métodos de aquecimento são utilizados no treinamento de força (TF). O alongamento balístico é um deles, entretanto, pouco se sabe sobre o seu efeito no desempenho da força muscular. Desse modo, o presente estudo tem como objetivo avaliar o efeito agudo de diferentes volumes de alongamento balístico no desempenho de repetições de membros inferiores no TF. Materiais e métodos: Participaram do estudo 15 indivíduos do sexo masculino treinados com experiência mínima de um ano em TF (29,1 ± 4,2 anos; 77,4 ± 12 kg; 1,74 ± 0,09 cm; 25,22 ± 1,91 IMC). No primeiro e no segundo dia foram aplicados o teste e reteste de 10 repetições máximas (10 RM) no Leg Press 45 (LP45). Foram utilizados dois protocolos de volumes distintos de alongamento balístico: uma série de 10 repetições; e três séries de 10 repetições. Como controle aplicou-se o aquecimento específico no LP45, com 50% de 10 RM em 15 repetições. O desempenho foi analisado a partir do volume total de treinamento (VTT). Foi aplicada uma ANOVA one-way para medidas repetidas para verificar se houve diferença entre os grupos em relação ao VTT e two-way para interação séries x protocolos. Resultados: Não foram verificadas diferenças significativas do VTT entre os diferentes protocolos (F = 1,132; p = 0,337). Não foram verificadas diferenças significativas entre as diferentes séries em diferentes protocolos (p = 0,834). Conclusão: Desse modo, não houve diferença nos volumes de alongamento balístico avaliados em membros inferiores em relação ao TF, sugerindo que maiores volumes não geram fadiga muscular a ponto de prejudicar o desempenho. A realização do alongamento balístico em uma sessão de TF não produz efeito concorrente, podendo contribuir para ganhos de flexibilidade de forma crônica e não prejudicar adaptações musculares.

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